Cinco estudantes da Universidade do Porto acreditam no «talento» de quem ainda não saiu do Ensino Superior e a pensar nisso, criaram a U.Project. A plataforma online visa facilitar o contacto entre estudantes e startups.
Procuras experiência profissional e, ao mesmo tempo, juntar algum dinheiro enquanto estudas? A U.Project, uma organização sem fins lucrativos, dinamizada por uma equipa de cinco estudantes do Porto, pode ser um meio para alcançar esta meta.
«Todos os estudantes procuram mostrar o seu potencial e construir o seu currículo. No entanto, situações revoltantes, como a existência de estágios não remunerados e a falta de comunicação entre os jovens e as oportunidades que existem, colocam um grande obstáculo a estes estudantes», constata Rita Cardoso, do departamento de comunicação e marketing da U.Project, ao Canal Superior.
A ideia de criar uma plataforma que viabiliza o acesso a ofertas de emprego (estágios, part-times ou microprojetos) em startups surgiu há cerca de um ano. O responsável por fundar o projeto é Bruno Silva, de 21 anos. O estudante da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto já experimentou os dissabores de não conseguir dar forma a um projeto e sabe que a «falta de recursos» pode dar cabo de uma empresa.
«Esta situação, bem como a necessidade de melhor valorizar o talento dos estudantes universitários em Portugal, foi o que motivou o Bruno a constituir aquilo que hoje é a U.Project», explica Rita Cardoso, estudante de Ciências da Comunicação, também na Universidade do Porto.
Tanto as empresas interessadas em recrutar como os estudantes não pagam para fazer o registo na U.Project, que assegura um «atendimento personalizado» aos utilizadores. «O objetivo é facilitar um futuro de sucesso para ambas as partes interessadas, pelo que cada situação requer um método de trabalho bastante adaptável. Desta maneira, conseguimos dar segurança e potenciar os dois lados», afirma a estudante.
A U.Project irá lançar, em breve, uma campanha de crowdfunding com o intuito de «alimentar o funcionamento» do projeto durante o primeiro ano de atividade. Em seguida, a equipa pretende dar início ao «processo de colocação» dos estudantes nas startups, bem como criar uma rede de parceiros na academia portuense.
No futuro, a plataforma - uma ideia que passou pela escola de startups da UPTEC - espera alargar o público-alvo, passando a abranger também recém-licenciados e startups em fase de pré incubação.