A Universidade de Coimbra (UC) foi distinguida pelo Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde – por ter desenvolvido dois trabalhos de investigação na área da diabetes. Estes projetos serão, daqui em diante, financiados pelo «Fundo para a Investigação em Saúde».

Em causa estão os projetos «Identificação de novos biomarcadores precoces das complicações da diabetes: do metabolismo à imagiologia multimodal de sistemas», liderado por Miguel Castelo-Branco da Faculdade de Medicina (FMUC) e «Microbioma de feridas diabéticas: diagnóstico precoce, prognóstico e terapia», do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC).

Miguel Castelo-Branco explica que a investigação pela qual é responsável «visa essencialmente o uso de tecnologias sofisticadas (neurofisiologia, imagiologia metabólica, estrutural e funcional de vários órgãos) para diagnosticar as complicações da diabetes de forma mais precoce possível». Este projeto terá direito a 130 mil euros de financiamento.

Pelo seu lado, o projeto do CNC, ao qual o fundo concedeu 100 mil euros, visa caraterizar os microrganismos da pele de feridas diabéticas e identificar cedo combinações microbianas, indicativas da evolução das mesmas, para diagnóstico.

A coordenadora desta investigação, Sónia Gonçalves Pereira, salienta que «atualmente desconhecem-se as razões pelas quais algumas feridas diabéticas cicatrizam e outras se tornam crónicas, embora estudos recentes apontem para desequilíbrios na composição da microbiota da pele como fator determinante».

O Fundo para a Investigação em Saúde, de acordo com o Infarmed, financia atividade e projetos de investigação «dirigidos para a proteção, promoção e melhoria da saúde das pessoas, nomeadamente nas áreas de investigação clínica, investigação básica e translacional, com potencial interesse clínico ou em terapêutica e investigação em saúde pública e serviços de saúde».