João Neves, licenciado em Música pela Escola Superior de Artes Aplicadas do Politécnico de Castelo Branco, venceu a 1ª edição do Startup Lisboa Momentum e, nos próximos 12 meses, poderá desenvolver a ideia de negócio que concebeu: um software que leva a música a outro nível.
João Neves, de 23 anos, é um «melómano por natureza». Dedica grande parte do tempo à música e, desde cedo, aprecia criar «coisas únicas». Coisas à medida daquilo que ambiciona. É o caso da Sensi Guitar, a guitarra elétrica que desenhou e construiu com a ajuda do cunhado.
«Pouco depois de ter começado a tocar guitarra, comecei a ter o sonho de poder ter a minha própria guitarra», recorda João Neves, em entrevista ao Canal Superior. O jovem músico quis extrapolar «o que é tradicional» e decidiu atribuir uma alma diferente ao instrumento (ou melhor, um software).
Incorporou no interior da guitarra uma espécie de «controlo remoto» a partir do qual o músico pode controlar elementos externos - como outros instrumentos, luz, e som - através da guitarra. «Num sistema tradicional, isso corresponde a ter que pisar todos os pedais que queremos ativar e se quisermos mudar a posição na cadeia de sinal, termos de desligar e voltar a ligar cabos», clarifica, João Neves.
A ideia valeu-lhe o 1º lugar do Startup Lisboa Momentum, um programa de bolsas para finalistas e recém-licenciados que procuram apoio para criar a própria ideia de negócio. «Ter vencido a primeira edição do Startup Lisboa Momentum significa poder divulgar a minha ideia e fazê-la crescer. Significa também a constatação da sua viabilidade», acredita.
A vontade de construir uma guitarra feita à medida surgiu em 2009, mas foi durante a licenciatura em Música, na Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco, que o projeto de João amadureceu. Começou a ter «maior contacto» com as tecnologias necessárias para dar o próximo passo e aproveitou o projeto final do curso para dar vida à Sensi Guitar.
«Comecei a conhecer alguns guitarristas com guitarras únicas e formas de tocar menos convencionais, mas interessantes. Foi então que pensei incorporar algo mais no interior da guitarra para poder usar alterações ao processamento desta, de uma forma mais artística», recorda João Neves.
O jovem de Rio Maior tem agora pela frente 12 meses de trabalho, em Lisboa, para dedicar-se à ideia de negócio, isto é, um ano de incubação gratuita na Startup Lisboa, bem como alojamento assegurado na Casa Startup Lisboa.
A segunda edição do Startup Lisboa Momentum arranca em abril.
