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23.FEV.17 - 17:50

Reitor da UC pondera queixa-crime por danos materiais

Após um protesto promovido pelo Conselho das Repúblicas no âmbito da «Luta anti-fundação», o reitor da UC lamentou os estragos causados pelos manifestantes. Em causa estão quadros riscados e património histórico danificado.

O reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel, reprovou os atos de vandalismo ocorridos durante o protesto promovido pelo Conselho das Repúblicas na segunda-feira passada, dia 20 de fevereiro. Em declarações à agência Lusa, o gabinete de comunicação da reitoria da UC revelou que «está a ser analisada a dimensão dos estragos» e que «a questão de uma queixa-crime está em análise».

O reitor denuncia quadros riscados e vários estragos no património secular da Universidade de Coimbra. «Algumas dezenas de pessoas presentes numa iniciativa promovida pelo Conselho das Repúblicas subiram as escadarias que levam até à Sala das Armas no Paço das Escolas e entraram na Sala Amarela, apesar de ela estar vedada ao público», revela João Gabriel. 

«Fizeram disparar o alarme de incêndio partindo elementos do sistema de deteção, e quase arrombaram as portas da Reitoria para "conseguir falar com o Reitor", sem terem solicitado qualquer encontro», acrescenta o reitor.

O protesto surge depois de um comunicado do Conselho das Repúblicas, no início do mês, em que o organismo declarou «uma “Luta anti-fundação”, com eventos de informação, debate e divulgação desta temática». Em causa está a passagem da Universidade de Coimbra a fundação.

O regime fundacional propõe, segundo o documento redigido pelo Conselho das Repúblicas, «a criação de um novo órgão máximo de administração, denominado Conselho de Curadores, restrito a apenas "cinco personalidades de elevado mérito e experiência profissional reconhecidas como especialmente relevantes”»

O CR garante que este novo órgão tem «autoridade para, de forma unilateral, traçar, não só os planos estratégicos e de ação, mas também as linhas gerais de orientação científica, pedagógica, financeira e patrimonial, bem como os planos anuais de atividades, as propostas de orçamento e as contas anuais da Universidade», retirando o poder deliberativo e decisório aos órgãos representativos da comunidade académica.

Sabe mais sobre o regime fundacional proposto pela UC aqui.

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