A StartUp STP, um projeto cofundado pelo MOVE, precisa de apoio para ser capaz de dar continuidade ao trabalho desenvolvido junto da população empreendedora de São Tomé e Príncipe.
O MOVE, uma organização não-governamental criada e gerida por estudantes da Universidade Católica Portuguesa, acredita que é possível «combater a pobreza» através do empreendedorismo. Refletindo este pensamento em todos os seus projetos, a associação sem fins lucrativos cofundou, em janeiro, a primeira incubadora de empresas em São Tomé e Príncipe.
A StartUp STP alberga, para já, oito ideias de negócios, que vão desde um gabinete de tradução e interpretação a um minhocário para a produção de fertilizante 100% orgânico.
«A maioria dos negócios existentes são pequenos, familiares e muito pouco diversificados. Percebemos facilmente pelo trabalho que realizamos no terreno que o desenvolvimento económico de São Tomé passa pela criação de novas empresas, geradoras de mais emprego», constata Juliana Mitkiewicz, membro do MOVE, em entrevista ao Canal Superior.
Para «garantir apoio aos empreendedores» locais e o «desenvolvimento» e «estabilidade» dos projetos acompanhados pela incubadora, está em curso uma campanha de angariação de fundos na plataforma PPL.
No total, o MOVE precisa de reunir 3 mil euros até 14 de junho. «O valor angariado será canalizado na totalidade para São Tomé e Príncipe. Este valor irá financiar as despesas de habitação e trabalho dos voluntários, bem como as despesas relacionadas com o trabalho dos voluntários com os empreendedores», explica Juliana Mitkiewicz.
A incubadora de empresas StartUp STP possibilitou já a criação de mais de 20 postos de trabalho. Além de alcançar a meta dos 3 mil euros, afirma Juliana, a principal expectativa do MOVE passa por ver os projetos transformarem-se em «negócios sustentáveis», capazes de criar emprego e «renda para a população santomense».