A associação estudantil europeia ESU associa-se à causa dos refugiados e incita os seus membros a agirem localmente. A organização irá atribuir fundos aos estudantes europeus para desenvolverem iniciativas positivas para a integração destas pessoas.
A ESU - European Students Union - lançou um programa de pequenas doações para ajudar os estudantes de universidades membros da associação a contribuir para assegurar direitos humanos fundamentais para os refugiados. A iniciativa visa igualmente estimular um sentido de pertença a uma comunidade nacional e europeia.
Com um financiamento de 125 mil euros, almeja fortalecer a capacidade de resposta dos elementos da ESU às atuais mudanças globais e melhorar as suas competências de planeamento, estratégia e liderança. O programa intitula-se «Juntos, Seguindo em Frente: estudantes e refugiados unidos por integração e educação na sociedade» e reafirma o compromisso da organização estudantil em garantir acesso sustentável ao Ensino Superior para todos.
A ação de solidariedade tem duas metas fundamentais. A primeira é reformar o discurso público e estudantil sobre os refugiados, assistindo as associações nacionais de estudantes para promover interações e iniciativas positivas para a inclusão na sociedade destas pessoas. A segunda é apoiar e inspirar atividades locais e nacionais, solicitando aos próprios estudantes que desenvolvam as suas próprias iniciativas como resposta à situação atual.
A principal temática de todas as ações é promover interações positivas com os refugiados como anfitriões. As organizações interessadas em receber financiamento para projetos relacionados com o programa «Juntos, Seguindo em Frente» devem consultar todo o regulamento no site e seguir o guia para a atribuição destes fundos.
«Apoiar e inspirar iniciativas organizadas por estudantes que reflitam sobre as condições de vida dos refugiados e o acesso à educação traduz-se num forte poder transformativo», afirma a presidente da ESU, Lea Meister. «A partir de pequenas doações às associações de estudantes nacionais e locais, seremos capazes de colaborar com os recursos imediatos que os nossos membros necessitam», acrescenta.
O velho continente depara-se com a maior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial, com mais de 1 milhão de migrantes a chegar à Europa por mar só em 2015, de acordo com dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. Esta tragédia exige ação urgente para que sejam garantidos os direitos humanos essenciais, como comida, alojamento e, claro, educação.