É natural de Viseu, tem 22 anos, e conquistou a única vaga de doutoramento em robótica na Universidade de Edimburgo para estudantes europeus. Henrique está na Escócia a colaborar com a NASA no desenvolvimento do robot “Valkyrie”.
Um estudante do 5.º ano do Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto está a colaborar com a NASA, na Escócia. Henrique Ferrolho, 22 anos, está a ajudar a programar “Valkyrie”, um robot humanoide, que pretende ajudar os humanos a instalarem-se em Marte.
Este interesse nasceu quando o jovem, natural de Viseu, foi para Edimburgo no âmbito de uma experiência ERASMUS+. Na “School of Informatics” surgiu o convite da escola para que, após a conclusão da cadeira de robótica, colaborasse na programação do robot.
A partir daí, foi convidado a elaborar a sua tese de mestrado com base na programação de um robot da NASA. A“Valkyrie” é um robot singular - só existem quatro no mundo (no Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Cambridge, Massachusetts, na Universidade de Northeastern, em Boston, nas instalações da NASA e no Edinburgh Center for Robotics) - e cada um vale cerca de dois milhões de euros.
Com 136 quilos e 1,80cm, a “Valkyrie” é do sexo feminino e pretende seguir para Marte entre 2020 e 2030. O robot deve ser capaz de construir estruturas para receber os humanos no planeta vermelho, desempenhando funções semelhantes às dos humanos. A a missão não envolve apenas o envio de robots humanóides, mas antes precede o envio de uma tripulação de humanos.
No seu trabalho diário, o estudante FEUP conta com a colaboração de Yang Yiming, Wolfgang Merkt e Vladimir Ivan, responsáveis pelo controlo e “motion planning”, quatro estudantes de doutoramento na seção de perceção e ainda com a supervisão de quatro professores. Além de responsável pela programação software do robot, o grupo tem igualmente a função de reportar erros e funções a melhorar no hardware.
O finalista da FEUP recebeu recentemente também outra boa notícia: conquistou a única vaga de doutoramento em robótica na Universidade de Edinburgh para estudantes europeus. O programa doutoral vai permitir que Henrique fique isento de propinas e que receba cerca de 65 mil euros de financiamento para se focar no robot durante os próximos quatro anos.
Fotografia externa: Mafalda Falcão/JEconomico