Este ano, o formato da Garraiada da Queimas das Fitas de Coimbra vai ser alterado e a tradição académica não vai ter a novilhada. A decisão da Comissão Organizadora da festa académica foi tomada para «progredir na tradição académica e tentar evitar ao máximo que os animais tenham qualquer sofrimento».

«Decidimos retirar a parte violenta, a parte em que existia uma novilhada, e colocar uma nova prática - uma prática do país vizinho -, em que existe uma acrobacia em cima dos animais, sem haver qualquer tipo de sofrimento», explica José Dias, presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC), ao Canal Superior.

O dirigente académico refere que esta medida está a ser pensada desde o início do planeamento da Queima das Fitas e que o principal objetivo «é que a Garraiada tenha uma alteração progressista, naquilo que é o seu conceito tradicional de Garraiada».

Este ano, o evento está marcado para 12 de maio, no Coliseu da Figueira da Foz. José Dias admite que é um evento que atrai vários estudantes e que a recente decisão dividiu opiniões entre os estudantes. 

«Há aqueles que gostam da tradição e gostam das touradas e esses, obviamente, não ficam totalmente satisfeitos, mas há uma grande maioria que não está disponível para assistir ao sofrimento dos animais», acrescenta o estudante.

A Queima das Fitas de Coimbra acontece de 6 a 13 de maio, no Parque da Canção.