Bernardo, mais conhecido como Waze, é um jovem músico de hip hop da cidade da Maia. Lançou há pouco tempo o álbum “Karma”.
Com mais de 20 milhões de visualizações no YouTube,
bateu o recorde de álbum de rap mais visto em 2018. Falámos com o autor da
peripécia.
Tens imensas visualizações no YouTube. Hoje em dia, isso é
um indicador importante, certo?
Sim é verdade, as visualizações
permitem-me ter uma perceção da quantidade de público a que a minha música
chega, daí ser um indicador importante.
Tens noção de como era antes de existir YouTube, Facebook,
etc.?
Não tenho essa noção, pois
desde que me lembro sempre convivi com essas redes sociais, o facto de ser um
artista muito novo tem essa vantagem.
Quem são as tuas maiores influências musicais? E
não-musicais?
Tenho vários
artistas que me inspiram, maioritariamente artistas dos Estados Unidos, a nível
não musical sou inspirado pelas pessoas que lidam comigo no meu dia-a-dia.
Qual é a mensagem que queres passar com o teu trabalho?
A minha mensagem são as minhas
vivências, e sinto que as pessoas se identificam com o meu estilo de vida e com
a minha missão.
De que nos fala o novo álbum?
O meu novo álbum aborda
diversos temas de situações que eu vivi, mas acho que o álbum se completa a sim
mesmo e quem acompanhou o crescimento gradual dos singles consegue entender o
propósito do álbum.
O ano passado visitaste um centro social na Maia, de onde
és, num projeto de inclusão social. O que retiraste disso? Que importância dás
ao legado das gerações mais antigas?
Foi uma
experiência única, poder conviver com gerações mais velhas e recolher alguns
testemunhos deles enriqueceu não só a minha cultura mas também me deu uma
perspetiva diferente do que é a vida.
Tens um futuro longo pela frente. O que te imaginas a fazer
daqui a 20 anos? A mesma coisa ou gostarias de experimentar estilos/atividades
diferentes?
Imagino-me a fazer o mesmo que
faço agora mas, se tudo correr bem, a uma escala ainda maior, pisar palcos de
sonho e continuar a tocar no coração dos meus fãs.