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02.DEZ.16 - 17:52

Cientista português fabrica órgãos e tecidos humanos

Pedro Costa tem apenas 34 anos, mas já soma uma carreira científica recheada de prémios. Agora foi a Sociedade Internacional de Biofabricação a condecorar o vizelense pelo trabalho de modelagem de tecidos e órgãos humanos.

Doutorado em Engenharia Biomédica pela Universidade do Minho, Pedro Costa ganhou recentemente o «Prémio de Jovem Cientista». O galardão foi atribuído em Winston-Salem, no estado de Carolina do Norte (EUA), pela Sociedade Internacional para a Biofabricação e distingue o trabalho do cientista português na biofabricação de órgãos e tecidos humanos.

«Este galardão deixou-me extremamente orgulhoso e ainda mais entusiasmado para continuar a apostar em novas ideias e trabalhar intensivamente», afirmou o investigador. Pedro Costa acrescentou ainda que se sente sortudo por conhecer profissionais extraordinários, como o Grupo 3B’s UMinho, berço da sua carreira científica.

Natural de Vizela, Pedro Costa tem 34 anos, é licenciado em Biologia Aplicada e concluiu um pós-doutoramento na Universidade Técnica de Munique, na Alemanha. Durante oito anos colaborou com o Grupo 3B’s, desenvolvendo métodos e tecnologias que agora estão patenteados. 

É vice-presidente do comité para a comercialização, regulação e empreendedorismo na Sociedade Internacional de Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa (TERMIS) e representa os jovens cientistas da Holanda na Sociedade Europeia de Biomateriais (ESB).

O seu trabalho consiste no desenvolvimento de modelos de tecidos humanos, também chamados «tecidos-em-chips» ou «órgãos-em-chips». Trata-se da reprodução «simplificada» de tecidos e órgãos como o fígado, o rim, o osso, a cartilagem, entre outros. Estes modelos podem vir a ser usados na descoberta de fármacos, substituindo os estudos efetuados em animais.

Este é apenas mais um prémio para o antigo aluno da UMinho que possui já um considerável número de distinções no currículo. Venceu o «Prémio de Investigação Transnacional» e o «Prémio Europeu de Doutoramento», ambos da ESB, somando ainda seis pedidos de patentes e dezenas de publicações científicas.

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