No próximo semestre, a Universidade de Coimbra vai receber uma professora especial. Adriana Calcanhotto, cantora e compositora brasileira, vai fazer um «retiro» na cidade e, além de dar aulas, a artista tem outras iniciativas preparadas.
A cantora brasileira Adriana Calcanhotto vai ser professora da Universidade de Coimbra no próximo semestre. A intérprete e compositora vai estar em residência artística na mais antiga instituição de Ensino Superior portuguesa, entre fevereiro e junho de 2017.
A artista vai estar na cidade dos estudantes a escrever um livro para crianças e a desenvolver um plano de atividades na Faculdade de Letras (FLUC) que inclui aulas abertas para as áreas de Português e de Estudos Artísticos e ateliês sobre escrita e produção artística, palestras e exposições.
«Muito feliz e animada», Adriana Calcanhotto aceitou o desafio, incitada pela reitoria e pelo Instituto de Estudos Brasileiros da FLUC. «Adriana Calcanhotto é uma cantora e compositora de perfil raro, que tanto devora o legado de Caetano Veloso como a poesia de Mário de Sá-Carneiro ou a prática performativa de Hélio Oiticica», afirma Osvaldo Manuel Silvestre, coordenador do Instituto de Estudos Brasileiros da FLUC, justificando o convite.
O diretor da faculdade, José Pedro Paiva, afirmou que a UC vai receber com entusiasmo Adriana Calcanhotto como professora convidada. «O prestígio do seu percurso artístico e a sua densa dimensão humana, cultural e cívica contribuirão para ajudar a FLUC a robustecer a formação que proporcionamos aos estudantes, em especial aos que frequentam a área de Estudos Artísticos», adicionou.
Um dos mais conceituados nomes da música brasileira, Adriana lançou o primeiro álbum em 1990. Em 2004 tornou-se Adriana Partimpim, num projeto musical para crianças que obteve sucesso e que tem já três discos editados, um deles premiado com um Emmy Latino.
A futura docente da UC atua também a 4 de fevereiro no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), apresentando o espetáculo «Das Rosas» com Arthur Nestrovski. O concerto, que foi apresentado ano passado, no âmbito das comemorações do 725.º aniversário da UC, será repetido também no Grande Auditório da Fundação Gulbenkian em Lisboa e na Casa da Música no Porto, a 3 e 5 de fevereiro, respetivamente.