A Times Higher Education divulgou uma lista com as melhores universidades na categoria de empregabilidade. No total são 150 instituições académicas, distribuídas por 32 países.
O California Institute of Technology (Caltech) lídera um novo ranking, divulgado pela Times Higher Education (THE) - revista inglesa especializada no Ensino Superior, que classifica as universidades pelo índice de empregabilidade.
O pódio inclui ainda os também norte-americanos MIT (Massachusetts Institute of Technology) e Universidade de Harvard. No quarto posto surge a Universidade de Cambridge. A congénere britânica de Oxford surge no sétimo posto, precedida por Stanford e Yale (EUA).
A fechar o top 10, mais três universidades: uma alemã, Universidade Técnica de Munique, uma norte-americana, Princeton e por fim a Universidade de Tóquio, no Japão. Nas cinquenta primeiras classificadas, encontram-se ainda instituições de Hong Kong, Singapura, Suíça, Espanha, França, China, Índia, Canadá e Austrália.
Mas... o que é a empregabilidade de uma universidade?
A THE cita as empresas de recrutamento, segundo as quais este conceito se divide em três pontos: um conjunto de aptidões, atitudes e comportamentos relacionados com a profissão; os diplomados serem capazes, imediatamente após o fim do curso, de desempenharem funções na sua área de estudo; a capacidade de o jovem encontrar emprego rapidamente após terminar a licenciatura ou mestrado, que garanta um salário inicial satisfatório e que progrida a longo termo.
Laurent Dupasquier, diretor associado da Emerging, empresa francesa de recrutamento de talentos, considera que as instituições de ensino funcionam como «marcas» que dão credibilidade aos diplomados. «Os estudantes sabem que aquele diploma será como uma marca, algo que podem usar como um passaporte para a vida e que lhes permitirá trabalhar em qualquer parte no mundo, para empresas de qualquer nacionalidade», explica.
Em sentido oposto, Ashley Heyer, diretora de aquisição de talentos da companhia Rent-A-Car, acredita que «a qualificação e reputação da universidade é algo importante» mas que certas empresas valorizam mais as capacidades práticas do candidato e as suas experiências e por isso recrutam pessoas, independentemente do diploma universitário.
O vice-presidente da Hong Kong University of Science and Technology (13.ª no ranking), Eden Woon, concorda que a habilidade de aplicar conhecimentos deve ser uma prioridade para os diplomados mas crê que ainda é bastante valorizado o conhecimento académico especializado e a reputação da universidade.
Woon rejeita no entanto a ideia de que o único propósito da universidade é preparar os estudantes para o mercado de trabalho. «A intenção da universidade deve ser oferecer aos estudantes competências para que eles possam procurar emprego mas, mais essencial, é conseguir que se adaptem ao trabalho e às alterações que o mundo lhes exige, que é onde surgem a inovação, a criatividade e a atitude», esclarece.