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30.NOV.16 - 12:57

A ciência é para todos

Criar recifes de coral em croché, construir relógios de sol e identificar constelações. Todas estas atividades fazem parte de um projeto da UMinho, que leva a ciência experimental aos idosos, veteranos de guerra e toxicodependentes.

Como a ciência não exclui ninguém, uma equipa da Universidade do Minho vai levá-la até a públicos incomuns. O projeto, que teve grande impacto na Conferência Internacional de Aprendizagem Tardia, procura trazer a ciência experimental a veteranos de guerra, toxicodependentes e idosos em lares e centros de dias. 

A iniciativa envolve várias entidades no Norte, como uma instituição de recuperação de toxicodependentes, uma associação de veteranos de guerra e duas valências do Centro Comunitário Vale do Cávado (Póvoa de Lanhoso). As temáticas são variadas: prevenção da arteriosclerose, identificação de constelações à noite, realização de recifes de coral em croché, construção de relógios de sol e visitas aos laboratórios de Química da UMinho. 

A instituição minhota foi distinguida pela rede europeia de educação ao longo da vida ForAge e pela Associação para a Educação e Envelhecimento do Reino Unido, entidades que organizaram este ano a «International Conference on Learning in Later Life», que decorreu em abril, no Reino Unido. A equipa da UMinho inclui Alexandra Nobre, da Escola de Ciências, e Clara Costa, Chisoka Simões, Eugénia Cunha, Sílvia Coelho e Alice Alves, do Instituto de Educação.

«A UMinho forma educadores não formais de adultos há mais de 25 anos e em 2014 decidimos introduzir a ciência experimental numa lógica de aumentar a literacia científica dos referidos públicos-alvo e de diferenciar os modelos de animação, por vezes associados a preconceitos de diferente natureza», explica Alexandra Nobre. 

A coordenadora salienta que esta atividade cumpre com os objetivos de potenciar a interação entre gerações, ao mesmo tempo que divulga conceitos de ciência e cria dinâmicas de comportamentos ativos. 

Este projeto foi realizado no âmbito do mestrado em Educação – especialidade de Educação de Adultos e Intervenção Comunitária e tem a colaboração do STOL – Science Through Our Lives e do Centro de Biologia Molecular e Ambiental.



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