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09.JAN.17 - 12:02

Será que a mentira tem a perna curta?

Desde as aventuras do Pinóquio, que fomos ensinados que mentir é feio. Porém, esta é uma ferramenta que muitas vezes é utilizada na política e, por esta razão, a UMinho propõe o congresso «Mentira e Hipocrisia na Política e Vida Moral».

Nos dias 12 e 13 de janeiro, o Grupo de Teoria Política da Universidade do Minho promove o Colóquio sobre História da Filosofia Moral e Política. Subordinado ao tema «Mentira e Hipocrisia na Política e Vida Moral», o encontro reúne cerca de 40 especialistas de 15 países, incluindo Índia, Venezuela, EUA, Coreia do Sul, Turquia e Alemanha.

O auditório do Instituto de Letras e Ciências Humanas, no campus do Gualtar, em Braga, vai ser o palco da sessão de abertura, quinta-feira às 10h15. Na cerimónia irão intervir o presidente do ILCH, João Cardoso Rosas, e o investigador do Centro de Estudos Humanísticos da UMinho, Pedro Martins.

Durante os dois dias do simpósio, serão discutidos assuntos relacionados com o uso da hipocrisia e da mentira em momentos de crise, a perceção dos cidadãos sobre a elite política, o valor ético da cidadania, o papel e as nuances do engano político, o valor da integridade na ordem social e política, entre outros.

Na sexta-feira, às 17h15, irá decorrer a conferência principal, a cargo da especialista Ruth W. Grant, da Universidade de Duke (EUA). Esta iniciativa será a conclusão do colóquio, que conta ainda com várias palestras como «O grande fenómeno do bluff ou como a austeridade pode matar os teus sonhos», «Confiança e lealdade como antídotos para a desafeição política», «O papel das mentiras na construção da identidade nacional» e «Mentiras e populismo: o que a Europa pode aprender com a revolução venezuelana». 

«Com a emergência da política da ‘pós-verdade’, o tema desta edição não poderia ser mais atual», explica o professor Pedro Martins. O congresso destaca-se por ser o único do género no país, recorrendo aos pensadores do passado para esclarecer problemas atuais. «Os grandes filósofos mostraram desde muito cedo que as relações entre política, mentira e hipocrisia nunca serão transparentes e lineares», acrescenta.

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